Ao que me pertence

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Os papéis que me ouvem
Os livros que me veem
As letras que me falam
O silêncio que me acompanha
A história... minha vida
A memória, minha inimiga.
A música que me ensurdece
As palavras que me emudecem
À Tudo isso
Ao que me pertence...
A sabedoria que me engana!

M.D 22h04
João Pessoa, 23 de agosto de 2009

I put a Spell on You (Because You're mine)

sábado, 16 de julho de 2011
A primeira vez que ouvi "I put a spell on you", foi no filme "houve uma vez dois verões" de Jorge Furtado. O jeito extravagante de cantar me chamou a atenção imediatamente. Mais tarde, ouvindo Creedence Clearwater Revival, percebi uma versão da música, e hoje ouvindo Nina Simone relembrei da primeira audição. 

A música de Jay Hawkins ainda foi utilizada por muitos outros artistas e resolvi fazer uma lista com os que eu mais gosto. Apreciem!


Para baixar a compilação de I Put a Spell on You Clique aqui

I put a spell on you
Because you're mine

Stop the things you do
Whoahuh - what's up?
I ain't lyin'
Yeaaah, i can't stand - hoo!
No runnin' around
I can't stand
No put me down
I put a spell on you
Because you're mine
Whoahaa - yeah!
Woah!

[saxophone solo]

Stop the things you do
Whoahuh - what's up?
I ain't lyin'
Aahh!! aah! i love you
I love you
I love you anyhow
I don't care if you don't want me
I'm yours right now
I put a spell on you
Because you're mine, mine
Mine!!! aah whoahh huh
"I put a spell on you" é uma canção escrita por Screamin 'Jay Hawkins em 1956, cuja gravação foi selecionado como uma das 500 canções que formaram o hall do Rock and Roll dos Rock and Roll. Também foi classificado # 320 na lista da revista Rolling Stone das 500 Melhores canções de todos os tempos.

Embora a versão de Hawkins não tenha figurado nas paradas de sucesso, várias versões cover mais tarde o fizeram. A versão Nina Simone alcançou # 23 na Billboard EUA na tabela R & B em 1965. Ela também atingiu o # 49 na parada de singles do Reino Unido naquele ano, e # 28, quando foi relançado em 1969. A versão de 
The Alan Price Set chegou a # 9 no Reino Unido em 1966, e # 80 na Billboard Hot 100. A versão Creedence Clearwater Revival alcançou # 58 no Hot 100 EUA em 1968. No Reino Unido, a versão Bryan Ferry alcançou # 18 em 1993, e a versão por Sonique alcançou # 36 em 1998 e # 5 em reedição em 2000. A canção foi gravada por vários outros artistas.



A Versão original 

Hawkins tinha a intenção de gravar "I put a spell on you" como uma canção de amor refinado, uma balada blues. Ele informou, no entanto, que o produtor "trouxe reforços e frango e todos ficaram bêbados e saiu esta versão estranha. Eu nem me lembro de fazer o registro. Antes, eu era apenas um cantor de blues normal . Eu era apenas Jay Hawkins. Eu descobri que poderia fazer mais, destruindo uma música e gritando até a morte. "

Algumas fontes afirmam que "I put a spell on you" tinha sido liberado mais cedo do que 1956 em uma forma mais calma, mas isso não foi verificado. A data de 1949, para um lançamento original na etiqueta Grande parece improvável, uma vez que antecede tanto a formação da gravadora e o início da carreira de músico de Hawkins.

"I put a spell on you" se tornou um sucesso rápido, apesar de ser proibido por algumas lojas e estações de rádio. Uma versão mais suave, sons consideerados menos "canibais", não reforçou, mas trouxe Hawkins, juntamente com Alan Freed e seu "Rock and Roll Review".

Até este momento, Hawkins havia sido um artista de blues; emocional, mas não selvagem. Freed sugeriu um gimmick para capitalizar no som "demente" de "I put a spell on you":. Hawkins usava uma longa capa, e apareceu no palco saindo de um caixão no meio da fumaça e neblina.

O ato foi uma sensação, mais tarde reforçada por presas desgastado no nariz Hawkins ', no palco cobras e fogos de artifício, e um crânio fumante chamado "Henry". O ato teatral foi um dos primeiros choques nas perfomances de Rock, e uma base para muito do que veio mais tarde no rock and roll, incluindo o Dr. John, Alice Cooper, Eric Burdon, Mr. Screaming Sutch, Warren Zevon, Arthur Brown, Black Sabbath, Ted Nugent, George Clinton, The Butthole Surfers, The Cramps, e Marilyn Manson.


Shane MacGowan e amigos
 

Shane MacGowan, Nick Cave, Bobby Gillespie, Chrissie Hynde, Mick Jones e um guitar-wielding Johnny Depp uniram forças para lançar o seu release de "I Put A Spell On You" na ajuda do trabalho Concern Worldwide no Haiti. Movido pelo sofrimento do povo do Haiti após o terremoto devastador 2010, McGowan e sua namorada Victoria Clarke rapidamente reuniram um grupo de amigos e começaram a gravar uma versão da canção. "I Put A Spell On You" foi lançado em 8 de março de 2010, somente através de download. Shane MacGowan e amigos continha um line-up que incluiu o seguinte: 


Lista de músicos que gravaram na gravação MacGowan é: 
Vocal:
    Shane MacGowan
    Nick Cave
    Bobby Gillespie
    Glen Matlock
    Chrissie Hynde
    Paloma Faith
    Eliza Doolittle
    Laura White
    Guitar:
    James Walbourne
    Mick Jones
    Johnny Depp


    Bass:
    Cait O'Riordan
    Hammond organ/piano:
    Carwyn Ellis
    Drums:
    Rob Walbourne
    Fire Hydrant:
    Mick Jones



 Covers and samples "I Put a Spell on You"

Single by Creedence Clearwater Revival
from the album Creedence Clearwater Revival
Released     1968
Genre     Roots rock, acid rock
Length     4:25
Label     Fantasy Records
Writer(s)     Screamin' Jay Hawkins
Producer     Saul Zaentz
Creedence Clearwater Revival singles chronology



"Suzie Q"
(1968)     "I Put a Spell On You"
(1968)     "Proud Mary"/"Born on the Bayou"
(1969)      "I Put a Spell on You"


Single by Sonique
from the album Hear My Cry
Released     25 April 2001 (US)
Format     CD Single
Genre     Pop
Sonique singles chronology



"Sky"
(2000)     "I Put a Spell on You"
(2001)     "Can't Make Up My Mind"
(2003)


"I put a spell on you" teve várias versões cover, talvez a mais famosa por Nina Simone, em 1965, Alan Price, em 1966, e Bette Midler em 1993 filme Hocus Pocus (filme). 

 Outros artistas gravaram canção:

    Casey Abrams
    The Animals
    Natacha Atlas
    Audience (band)
    Jimmy Barnes
    Batmobile
    Jeff Beck and Joss Stone
    Tab Benoit
    The Birthday Party
    Arthur Brown
    Eric Burdon performed it live at his show in Lugano in 2006.
    C.A. Quintet
    Cameo
    Caterina Caselli Italian singer (cover "Puoi farmi piangere", 1966)
    Champion with guest vocalist Betty Bonifassi
    Ray Charles
    Joe Cocker
    Creedence Clearwater Revival (who also performed it at Woodstock)
    Tim Curry
    Dionysos
    Julien Doré
    Eels
    Estelle
    Bryan Ferry
    Jools Holland with Mica Paris and David Gilmour
    Diamanda Galás
    The Guards (1968)
    Buddy Guy (featuring Carlos Santana)
    The Heavy
    The Kills
    Jarboe
    Logan Kendell (feat. Jessie Crystal)
    Queen Latifah
    Phil Lesh & Friends (live cover in 2007)
    Manfred Mann
    Marilyn Manson

    Katie Melua
    Bette Midler (from the film Hocus Pocus)
    Kim Nalley
    Iggy Pop / Catherine Ringer
    Alan Price
    Gabriel Ríos
    Roxy Music
    She and Him
    Nina Simone
    Sonique
    Them (featuring Van Morrison)
    Pete Townshend on his Deep End Live! album (with David Gilmour).
    Bonnie Tyler



MiM0SA é um remix de Pós-dubstep de cobertura Nina Simone da canção.

A maioria das capas trata a música a sério; Na tentativa de alguns para duplicar o desempenho de Hawkins bravura. Arthur Brown chega perto.

Em 1967, o arranjo foi usado uma vez mais por Frank Sinatra, "The World We Knew (Over and Over)".
Além disso, tem sido objeto de amostragem em faixas de The Notorious BIG ("Kick In The Door"), The Beatnuts ("Se Acabo"), LL Cool J e The Heavy ("Sixteen"). Cookin produtores de soul 'retrabalhado a amostra utilizada pelo The Notorious BIG, incorporando mais elementos da música original e mudando o ritmo, e lançou uma canção com Styles P de O LOX.

A canção foi usada como a música de saída para os fogos de artifício no show de Halloween HalloWishes no Walt Disney World, na Flórida. Também pode ser ouvido no final de Halloween Screams da Disneyland e Disney's Nightmare in the Sky at Hong Kong Disneyland.
O título da canção foi emprestado para citar uma das quests no jogo role-playing Fallout New Vegas, como uma das numerosas referências e alusões à música dos anos 1940, 1950 e 1960 nesse jogo.

Manhã de segunda-feira

segunda-feira, 11 de julho de 2011
É inverno, chove um dia e no outro também, mal os pássaros cantam, a cor das ruas é de guardas-chuva apressados. Porque é inverno e ninguém quer deixar o conforto da casa quentinha.

O céu cinzento e o sol não brilha. Nessas horas, é muito mais fácil sentir melancolia... contudo, vou contar o que hoje me aconteceu...

 Nos instantes sonolentos de mais uma manhã chuvosa de segunda-feira, um pouco d'água no fogo faz uma xícara de café amargo para acordar o dia. Mais silêncio de tudo e barulho de carros no mundo. Sou pega desprevinida, pois é raro ver tal coisa num dia como hoje.

Uma borboleta linda, lutava contra as gotas violentas de chuva. Cada pingo que caía parecia que iria derrubá-la, mas ela lutou e chegou até a minha janela onde encontrou abrigo.

E o dia cinza trasnformou-se com a borboleta pousada alí na minha frente. Como que carregada de alegria para colorir minha tristeza. Na luta contra a chuva e a vitória contra a tormenta.

Hoje eu vi uma borboleta.

Por M.D
M.D
João Pessoa, 11.07.11

A BORBOLETA E A ROSA CAÍDA (DAS CANÇÕES PARA CAROLINA)
(Luiz Islo Nantes Teixeira)

A borboleta colorida
Visitou o meu jardim
Pousou na rosa caída
Bem perto de mim

A rosa ficou feliz
E alegre se levantou
Mas presa pela raiz
Entao ela dançou

E dançou ao vento
Naquele dia
E dançou sem tempo
No tamanho de sua alegria
E a rosa se coloriu
Como a mais bela flor
E assim surgiu
O símbolo de um amor

As outras flores dançaram
Para aquela rosa linda
Outras borboletas vieram
E a pousaram mais ainda

E as borboletas coloridas
Circularam aquelas flores
E não ha mais rosas caidas
Onde verdadeiros são os amores

Mas a rosa dancou….

© 2008 Islo Nantes Music/Globrazil(ASCAP) 
Globrazil@verizon.net or Globrazil@hotmail.com 
Brazil - (021) 2463-7999 - Claudio
USA (1) 914-699-0186 - Luiz
http://www.yesportes.com/

Tempo

sábado, 9 de julho de 2011

E o tempo vai se arrastando em horas de procuras e desencontros enquanto o tempo é perdido e gasto sem razão. Tempo que poderia ser meu, poderia ser de quem quisesse, mas é jogado fora. Tempo que não passa ou que acelera, que eu não sei nem que hora, mas não agora.


Imaginando ser confortavelmente, deixamos o dia passar e as sombras chegarem. O céu se pintaria de cores se não fosse inverno e o sol não estivesse preguiçoso de lutar. Em breve mudará a estação e as trevas vão novamente se esconder do sol, mas por enquanto chove.

Ainda lembro dos momentos antes de o sol sair, na hora mais escura da noite. Lembro dos primeiros raios formando desenhos estranhos nas nuvens. O canto dos pássaros e a promessa de que o dia não vai ser mais um arrastar dos ponteiros do relógio.


O clima muda e o tempo passa, sem razão alguma eu poderia tentar parar o tempo que não é meu. Tentar congelar momentos, olhares e sorrisos. Mas passar é preciso... passar por isso, passar por aquilo, passar por aqui. E não há mais que esperar o tempo voltar. Nem tentar acompanhar o tempo que passa...


Então é tempo de parar de tentar entender, de tentar explicar, de parar de tentar fazer o tempo parar de mudar. O vento forte, o frio que arrepia a pele - que lembra o que se faz arrepiar. O sol contido, escondido... O céu estrelado, hoje está nublado...


Deixa só o tempo passar....
M.D
João Pessoa, 07.07.11 00h38

A gente não tem Química... Tem Biologia, tem Geografia... Tem História e Religião

sexta-feira, 8 de julho de 2011



Um casal. Mil afinidades. Milhares de referências. Assim é o Letuce, projeto musical que os namorados Letícia Novaes e Lucas Vasconcellos fundaram em 2008. Letícia é uma show-woman nata. Atriz formada pela CAL, foi uma das primeiras mulheres cariocas a atuar no gênero “stand-up comedy”.



[E Letuce irrompe na arena. Amazona de proporções totêmicas, Letícia Novaes finca as longas pernas no piso, agarra com as duas mãos o microfone/lança, vira o rosto pro partner Lucas Vasconcellos que carrega nos ombros e nas mãos o peso daquela que é para Patti Smith a única arma de revolução, “this is the only weapon we need to revolution! An electric guitar” gritou ela num palco carioca. Letícia estava lá e escutou e disse glória! 

Letícia é atriz e rockeira-bluseira-bacante. Lucas é guitarrista e maestro e investigador inquieto. Os dois, carametades, se somam a comparsas de altíssimo nível para um desfile de canções-jóias diversas, de quem saca além da tropicália, transa Dalva de Oliveira e Courtney Love, galopa de cavalinho azul pelo Leblon todo aceso da Marina, e pela Tijuca swingada dos erasmos, jorges e afins: sem pastiche, mas com pistache. 

Letuce quer gozar, mas Letuce não quer só prazer, Letuce quer prazer mas quer revolução, e isso não é punk demodê, nem teenager, nem ingENUO- ainda que possa ser tudo isso – é o gesto generoso. O show é mais que um happening, cada glitter nos olhos, cada imagem projetada na banda, cada serpente cintilante de luz enroscada nos pedestais de microfone, cada verso safado em francês, cada verso embriagado de amor, cada nota dissonante do coro dos contentes é parte de um espetáculo maior que e é total, porque “cada parte é um todo”.

No palco, subversivos com elegância, operam aquela mágica que é quase um milagre, e estar presente e participar dela um afago pros bem-aventurados de plantão: faz gozar com outras palavras, principio do deleite inconformista, que adoça a boca e perturba o sossego. 


Quando a gente imagina que o cuidado e a minúcia na orquestração desse espetáculo de ruídos, melodia, narrativa, luzes e marcações cênicas é definitivo, vem a surpresa: no show seguinte eles entregam à platéia o barato de organizar o varieté: a platéia adora e entra no jogo de cara, gritando os número das canções a serem ordenadas ali. O casal, do palco, generoso, convoca o público a criar junto, Letícia fala “é quase um talk show”, acham careta público passivo, solicitam engajamento, como que lembrando que o espetáculo está vivo, e que ninguém sai de bode da farra sofisticada, orgânica, diversa e transadíssima do Letuce. (Hai) Kai o pano. Letuce saúda o povo e pede passagem! Abre alas e fecha aspas.]
Arthur Braganti




Twitter: Letuce
Canal no Youtube
Myspace: http://www.myspace.com/letuceletuce
Contato: letuceletuce@gmail.com
Para comprar o CD : Clique aqui
Para baixar: Letuce - Plano de Fuga pra Cima dos Outros e de Mim 

Destrincha a alma, Corta fundo na espinha, Inebria a garganta, Fere a quem quiser ferir*

terça-feira, 5 de julho de 2011
 A primeira ouvida, o que me chamou a atenção para "Saga" foi o tom meio tango da música, a primeira "prestada de atenção" foi a letra da música e em seguida me apaixonei pelo intérprete ao ver o primeiro vídeo. Filipe Catto é um artista completo, diferente de tudo o que vemos hoje em dia. Trava uma batalha com o microfone, emociona, os acordes parecem querer rasgar o coração antes de sair pela garganta afora.

Uma preciosidade da MPB atual. E agora com exposição nacional: sua música faz parte da trilha sonora da novela mais bem elaborada dos últimos tempos. Cordel Encantado, que se livra dos clichês sobre nordestinos, mostra o amor doce e ingênuo do sertanejo, uma qualidade técnica impecável, gravada no estilo de cinema e com uma trilha sonora impecável com nomes como Gilberto Gil e Roberta Sá, Zé Ramalho (na gravação original de Chão de Giz), Luiz Gonzaga, Nação Zumbi (do tempo de Science), Otto entre outras. E Filipe aparece em meio a esse monte de feras como mais uma delas.

Quem ouve não imagina que o EP não é um CD comercial. Agora é curtir o som e a perfomance de Filipe, já que para sentir toda emoção da música é preciso ver a interpretação. Pare uns minutos e delicie-se:





[A música de Filipe Catto é um estado de choque sublime. Você ouve e inevitavelmente é tragado por seu enredo, seu ritmo e sua emoção.

Interprete e compositor, o paulistano gaucho Catto começou sua carreira ainda muito novo cantando em pequenos eventos com o seu pai. Sempre incentivado pela família, seu dom musical teve inspiração de sobra para criar-se e se moldar-se livremente num corpo musical, único e autêntico.
Mais um disco para você, como eu, entrar de vez na música do nosso tempo, sem a menor vergonha.]

[Filipe Catto tem apenas 23 anos, mas sua relação com a música vem desde criança – afinal, seus pais são músicos. No entanto, começou a expor seu trabalho próprio em 2005, em um projeto literário-musical de Porto Alegre chamado Sarau Elétrico. A primeira música que gravou para distribuir para amigos e conhecidos – no estúdio que ficava em sua casa, presente do pai – foi “Glory Box” do Portishead, e assim deu início à sua carreira, no boca a boca da web.

Seu primeiro EP, “Saga” – que tem a qualidade de um CD comercial, mas com menos músicas –, tem uma mistura de sonoridades latinas, como samba e tango. Sua música é lírica, dramática e passional, e suas apresentações ao vivo beiram o teatral. “Busquei transformar lamentos melancólicos em dramas. A melancolia é cinza e opaca, enquanto o drama é quente e vibrante”, disse em entrevista ao "Jornal do Brasil".

A comparação de sua voz com a de Ney Matogrosso é óbvia e inevitável, porém verdadeira, com sua afinação e agudos limpos. E é dele a composição de todas as sete letras do disco, com exceção de “Ascendente em Câncer”, feita através de um texto de Fernando Calegari.

Se não fosse pela personalidade forte e as apresentações tão enfáticas, sua música poderia facilmente cair no brega, mas não é o que acontece. Suas letras são de extrema paixão, daquelas de vida ou morte, ame-o ou deixe-o. Como na letra da música “Saga”: “Se eu soubesse que o amor é coisa aguda, que tão brutal percorre início, meio e fim; destrincha a alma, corta fundo na espinha, inebria a garganta, fere a quem quiser ferir”.]

Colherada cultural 

Para saber mais sobre Filipe Catto:
Twitter: @FilipeCatto
Download do EP: Saga

Era fácil se perder por entre sonhos e deixar o coração sangrando até enlouquecer*

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Baixei hoje a trilha sonora da novela Cordel Encantado, e fiquei surpreendida com a força de uma letra, a princípio pensei se tratar de uma mulher cantando, mas depois prestando atenção ao nome do interprete, descobri Filipe Catto. É um Ney Matogrosso da atualidade! Voz firme, letra forte, tom único.




Andei depressa para não rever meus passos
Por uma noite tão fulgás que eu nem senti
Tão lancinante, que ao olhar pra trás agora
Só me restam devaneios do que um dia eu vivi

Se eu soubesse que o amor é coisa aguda
Que tão brutal percorre início, meio e fim
Destrincha a alma, corta fundo na espinha
Inebria a garganta, fere a quem quiser ferir

Enquanto andava, maldizendo a poesia
Eu contei a história minha pr´uma noite que rompeu
Virou do avesso, e ao chegar a luz do dia
Tropecei em mais um verso sobre o que o tempo esqueceu

E nessa Saga venho com pedras e brasa
Venho com força, mas sem nunca me esquecer
Que era fácil se perder por entre sonhos
E deixar o coração sangrando até enlouquecer

E era de gozo, uma mentira, uma bobagem
Senti meu peito, atingido, se inflamar
E fui gostando do sabor daquela coisa
Viciando em cada verso que o amor veio trovar

Mas, de repente, uma farpa meio intrusa
Veio cegar minha emoção de suspirar
Se eu soubesse que o amor é coisa assim
Não pegava, não bebia, não deixava embebedar

E agora andando, encharcado de estrelas
Eu cantei a noite inteira pro meu peito sossegar
Me fiz tão forte quanto o escuro do infinito
E tão frágil quanto o brilho da manhã que eu vi chegar

E nessa Saga venho com pedras e brasa
Venho sorrindo, mas sem nunca me esquecer
Que era fácil se perder por entre sonhos
E deixar o coração sangrando até enlouquecer

Só sei dançar com você

Foto de @rafaellpassoss

A música de Tulipa Ruiz me foi apresentada pela Naiara do blog: De dentro pra flora 
Uma amiga dela lá de Belo Horizonte, mostrou pra ela que mostrou pra mim. A primeira música que ouvi de Tulipa foi: "Só sei dançar com você", que automaticamente se tornou uma de minhas favoritas, mas no seu CD de estreia é impossível gostar só de uma música, na verdade é impossível não gostar de todas.

E a Tulipa esteve em João Pessoa na última sexta 1º de julho, no Teatro de Arena do Espaço Cultural. E o que me deixou contente foi saber que o pessoal de Jampa, não só conhece a Tulipa, como sabe de cor todas as músicas dela. E tinha uma galera!

Tulipa tem uma energia incrível, você se sente parte do show, e algumas pessoas literalmente foram.
Foto de @rafaellpassoss

Performática, quebrou o microfone várias vezes, com uma presença de palco inigualável, nos fazia sentir cada pedacinho das músicas, mesmo a de Caetano que eu não conhecia.

O agudo de estourar os tímpanos, de arrepiar... Uma graça de pessoa fazendo brincadeiras com a Banda, jogou o famoso "Brocal dourado" nos sortudos que estavam lá na frente e ainda tirou onda com o nome do hotel que estava hospedada: "Verde Green".

Forças maiores me impediram de conseguir uma foto ou gravação decente com a minha câmera de celular. Então as fotos que eu consegui dela aqui são de @rafaellpassoss


Foto de @rafaellpassoss
 Ele estava sentado mais ou menos onde eu estava - pela posição que as fotos foram tiradas - mas certamente tinha uma câmera infinitas vezes melhor que a minha.

Abertura com a música que é título do disco: Efêmera

Site oficial: http://tuliparuiz.blogspot.com
Myspace: http://www.myspace.com/tuliparuiz
Twitter: @tuliparuiz
Link para o álbum: Efêmera
Para comprar o CD: Clique aqui ou mande email para: discodatulipa@gmail.com


Tulipa e Mariana Aydar interpretando uma das minhas canções preferidas.