A incoerente Leviandade do Ser

sexta-feira, 30 de setembro de 2011
As pessoas estão tão acostumadas a encontrar pessoas erradas que não reconhecem quando encontram a certa
Tão acostumadas a tudo sempre igual que não conseguem enxergar algo diferente
É tudo tão atrelado a jogos e duplos sentidos que não têm a capacidade de perceber o que é simples e direto.

E são essas coisas que me afastam delas

A diferença que não me deixa ser igual aos demais
As pessoas procuram sentimentos errados e se desiludem quando encontram exatamente o que estavam procurando. Acham que buscavam outra coisa, mas encontraram exatamente o que foram atrás.
É sempre assim, as pessoas complicam situações fáceis, bloqueiam sentimentos puros e inocentes e deixam transparecer apenas a malícia...

E são essas coisas que me assustam nelas.

As pessoas não sorriem sinceramente e dizem palavras apenas para agradar. Contam pequenas mentirinhas e forçam ‘subentendimentos’.
Não vão aonde querem, mas tentam fingir que é diversão o que não sentem.

E são essas coisas que me preocupam sobre elas.

As pessoas tornam cumprimentos amigáveis impossíveis e sempre embebidos em segundas intenções.
Brincam com os desejos alheios como se não pudessem magoar corações, como se fosse justificável pelo fato de terem sofrido no passado

E são essas coisas que me diferenciam delas.

As pessoas, cada dia que passa, menos querem saber quem os outros realmente são e se apegam ao que as outras pessoas parecem.
As palavras tornam-se sem importância e atos impulsivos são nomeados de ‘atitude’ e eleitos ‘tudo o que importa’.
Culpam a todos menos a si mesmos por sua solidão e procuram companhia desesperadamente,  acostumando-se a não se apegar. Descartam os outros ao menor sinal de afeto e preferem o refúgio das palavras duras e vazias.

E são essas coisas que não me deixam me aproximar delas.

M.D 13h31 
João Pessoa, 10 de agosto de 2011

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