A primeira vez que ouvi "I put a spell on you", foi no filme "houve uma vez dois verões" de Jorge Furtado. O jeito extravagante de cantar me chamou a atenção imediatamente. Mais tarde, ouvindo Creedence Clearwater Revival, percebi uma versão da música, e hoje ouvindo Nina Simone relembrei da primeira audição.
A música de Jay Hawkins ainda foi utilizada por muitos outros artistas e resolvi fazer uma lista com os que eu mais gosto. Apreciem!
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I put a spell on you
Because you're mine
Stop the things you do
Whoahuh - what's up?
I ain't lyin'
Yeaaah, i can't stand - hoo!
No runnin' around
I can't stand
No put me down
I put a spell on you
Because you're mine
Whoahaa - yeah!
Woah!
[saxophone solo]
Stop the things you do
Whoahuh - what's up?
I ain't lyin'
Aahh!! aah! i love you
I love you
I love you anyhow
I don't care if you don't want me
I'm yours right now
I put a spell on you
Because you're mine, mine
Mine!!! aah whoahh huh
"I put a spell on you" é uma cançãoescrita porScreamin 'JayHawkins em 1956, cuja gravaçãofoi selecionado comouma das 500 canções que formaram o hall do Rock and Roll dosRock andRoll.Também foiclassificado #320na lista darevista Rolling Stonedas 500 Melhores canções de todos os tempos.
Embora a versãode Hawkinsnão tenha figurado nas paradas de sucesso, váriasversões covermais tardeo fizeram.A versãoNinaSimonealcançou#23 naBillboardEUA natabela R &Bem 1965. Ela tambématingiu o #49na parada de singlesdo Reino Unidonaquele ano,e #28, quando foirelançado em1969.A versãode The Alan Price Setchegou a# 9no Reino Unido em1966, e# 80na Billboard Hot100.A versãoCreedenceClearwater Revivalalcançou# 58no Hot100EUAem 1968.No Reino Unido, a versãoBryanFerryalcançou# 18em 1993,e a versãoporSoniquealcançou #36em 1998 e# 5 emreediçãoem 2000.A cançãofoi gravada porváriosoutros artistas.
A Versão original
Hawkinstinha a intenção degravar "I put a spell on you" comouma canção de amorrefinado,uma baladablues.Ele informou, no entanto,que o produtor"trouxereforços e frango etodos ficaram bêbados e saiu esta versãoestranha.Eunem me lembrode fazero registro.Antes, euera apenas umcantor de bluesnormal. Eu era apenasJayHawkins. Eu descobri quepoderia fazer mais, destruindo uma música e gritandoaté a morte."
Algumas fontes afirmamque "I put a spell on you" tinha sido liberadomais cedo do que1956 emuma formamais calma, mas isso nãofoi verificado.A data de1949, paraumlançamento originalna etiquetaGrandepareceimprovável,uma vez queantecedetanto a formaçãodagravadorae o início dacarreira de músicode Hawkins.
"I put a spell on you" se tornou umsucesso rápido,apesar de ser proibidoporalgumas lojase estações de rádio.Umaversão mais suave, sons consideerados menos"canibais",não reforçou, mastrouxeHawkins, juntamente comAlanFreede seu"Rock andRoll Review".
Até estemomento,Hawkinshavia sidoum artistade blues;emocional,mas nãoselvagem.Freedsugeriu umgimmickpara capitalizar no som "demente" de "I put a spell on you":.Hawkinsusavauma longa capa, e apareceuno palcosaindode um caixãono meio dafumaça e neblina.
O atofoi uma sensação, mais tardereforçada porpresasdesgastadono narizHawkins',no palcocobras efogos de artifício,e um crânio fumante chamado"Henry".O atoteatral foium dos primeiroschoques nas perfomances de Rock,e uma base paramuito do queveio mais tardenorock and roll,incluindo o Dr.John,AliceCooper,EricBurdon, Mr.ScreamingSutch,WarrenZevon,ArthurBrown, Black Sabbath, TedNugent,GeorgeClinton, TheButtholeSurfers,The Cramps, eMarilynManson.
ShaneMacGowan e amigos
ShaneMacGowan, NickCave,BobbyGillespie,ChrissieHynde, MickJonese um guitar-wielding Johnny Depp uniram forças paralançar o seu release de "IPutA SpellOnYou"na ajudado trabalhoConcern Worldwideno Haiti.Movido pelosofrimento do povodo Haitiapós o terremotodevastador2010,McGowane suanamoradaVictoriaClarkerapidamentereuniram um grupo deamigose começaram agravar uma versãoda canção."IPutA SpellOnYou"foi lançado em8 de março de 2010,somente através de download.ShaneMacGowane amigoscontinha umline-upque incluiuo seguinte:
Lista de músicos que gravaram na gravação MacGowan é: Vocal:
Shane MacGowan
Nick Cave
Bobby Gillespie
Glen Matlock
Chrissie Hynde
Paloma Faith
Eliza Doolittle
Laura White
Guitar:
James Walbourne
Mick Jones
Johnny Depp
Bass:
Cait O'Riordan
Hammond organ/piano:
Carwyn Ellis
Drums:
Rob Walbourne
Fire Hydrant:
Mick Jones
Covers and samples "I Put a Spell on You" Single by Creedence Clearwater Revival
from the album Creedence Clearwater Revival
Released 1968
Genre Roots rock, acid rock
Length 4:25
Label Fantasy Records
Writer(s) Screamin' Jay Hawkins
Producer Saul Zaentz
Creedence Clearwater Revival singles chronology
"Suzie Q"
(1968) "I Put a Spell On You"
(1968) "Proud Mary"/"Born on the Bayou"
(1969) "I Put a Spell on You" Single by Sonique
from the album Hear My Cry
Released 25 April 2001 (US)
Format CD Single
Genre Pop
Sonique singles chronology
"Sky"
(2000) "I Put a Spell on You"
(2001) "Can't Make Up My Mind"
(2003)
"I put a spell on you" teve várias versões cover, talvez a mais famosa por Nina Simone, em 1965, Alan Price, em 1966, e Bette Midler em 1993 filme Hocus Pocus (filme).
Outros artistas gravaram canção:
Casey Abrams
The Animals
Natacha Atlas
Audience (band)
Jimmy Barnes
Batmobile
Jeff Beck and Joss Stone
Tab Benoit
The Birthday Party
Arthur Brown
Eric Burdon performed it live at his show in Lugano in 2006.
C.A. Quintet
Cameo
Caterina Caselli Italian singer (cover "Puoi farmi piangere", 1966)
Champion with guest vocalist Betty Bonifassi
Ray Charles
Joe Cocker
Creedence Clearwater Revival (who also performed it at Woodstock)
Tim Curry
Dionysos
Julien Doré
Eels
Estelle
Bryan Ferry
Jools Holland with Mica Paris and David Gilmour
Diamanda Galás
The Guards (1968)
Buddy Guy (featuring Carlos Santana)
The Heavy
The Kills
Jarboe
Logan Kendell (feat. Jessie Crystal)
Queen Latifah
Phil Lesh & Friends (live cover in 2007)
Manfred Mann
Marilyn Manson
Katie Melua
Bette Midler (from the film Hocus Pocus)
Kim Nalley
Iggy Pop / Catherine Ringer
Alan Price
Gabriel Ríos
Roxy Music
She and Him
Nina Simone
Sonique
Them (featuring Van Morrison)
Pete Townshend on his Deep End Live! album (with David Gilmour).
Bonnie Tyler
MiM0SA é um remix de Pós-dubstep de cobertura Nina Simone da canção. A maioria das capas trata a música a sério; Na tentativa de alguns para duplicar o desempenho de Hawkins bravura. Arthur Brown chega perto.
Em 1967, o arranjo foi usado uma vez mais por Frank Sinatra, "The World We Knew (Over and Over)". Além disso, tem sido objeto de amostragem em faixas de The Notorious BIG ("Kick In The Door"), The Beatnuts ("Se Acabo"), LL Cool J e The Heavy ("Sixteen"). Cookin produtores de soul 'retrabalhado a amostra utilizada pelo The Notorious BIG, incorporando mais elementos da música original e mudando o ritmo, e lançou uma canção com Styles P de O LOX.
A canção foi usada como a música de saída para os fogos de artifício no show de Halloween HalloWishes no Walt Disney World, na Flórida. Também pode ser ouvido no final de Halloween Screams da Disneyland e Disney's Nightmare in the Sky at Hong Kong Disneyland. O título da canção foi emprestado para citar uma das quests no jogo role-playing Fallout New Vegas, como uma das numerosas referências e alusões à música dos anos 1940, 1950 e 1960 nesse jogo.
É inverno, chove um dia e no outro também, mal os pássaros cantam, a cor das ruas é de guardas-chuva apressados. Porque é inverno e ninguém quer deixar o conforto da casa quentinha.
O céu cinzento e o sol não brilha. Nessas horas, é muito mais fácil sentir melancolia... contudo, vou contar o que hoje me aconteceu...
Nos instantes sonolentos de mais uma manhã chuvosa de segunda-feira, um pouco d'água no fogo faz uma xícara de café amargo para acordar o dia. Mais silêncio de tudo e barulho de carros no mundo. Sou pega desprevinida, pois é raro ver tal coisa num dia como hoje.
Uma borboleta linda, lutava contra as gotas violentas de chuva. Cada pingo que caía parecia que iria derrubá-la, mas ela lutou e chegou até a minha janela onde encontrou abrigo.
E o dia cinza trasnformou-se com a borboleta pousada alí na minha frente. Como que carregada de alegria para colorir minha tristeza. Na luta contra a chuva e a vitória contra a tormenta.
Hoje eu vi uma borboleta.
Por M.D
M.D
João Pessoa, 11.07.11
A BORBOLETA E A ROSA CAÍDA (DAS CANÇÕES PARA CAROLINA)
(Luiz Islo Nantes Teixeira)
A borboleta colorida
Visitou o meu jardim
Pousou na rosa caída
Bem perto de mim
A rosa ficou feliz
E alegre se levantou
Mas presa pela raiz
Entao ela dançou
E dançou ao vento
Naquele dia
E dançou sem tempo
No tamanho de sua alegria
E a rosa se coloriu
Como a mais bela flor
E assim surgiu
O símbolo de um amor
As outras flores dançaram
Para aquela rosa linda
Outras borboletas vieram
E a pousaram mais ainda
E as borboletas coloridas
Circularam aquelas flores
E não ha mais rosas caidas
Onde verdadeiros são os amores
E o tempo vai se arrastando em horas de procuras e desencontros enquanto o tempo é perdido e gasto sem razão. Tempo que poderia ser meu, poderia ser de quem quisesse, mas é jogado fora. Tempo que não passa ou que acelera, que eu não sei nem que hora, mas não agora.
Imaginando ser confortavelmente, deixamos o dia passar e as sombras chegarem. O céu se pintaria de cores se não fosse inverno e o sol não estivesse preguiçoso de lutar. Em breve mudará a estação e as trevas vão novamente se esconder do sol, mas por enquanto chove.
Ainda lembro dos momentos antes de o sol sair, na hora mais escura da noite. Lembro dos primeiros raios formando desenhos estranhos nas nuvens. O canto dos pássaros e a promessa de que o dia não vai ser mais um arrastar dos ponteiros do relógio.
O clima muda e o tempo passa, sem razão alguma eu poderia tentar parar o tempo que não é meu. Tentar congelar momentos, olhares e sorrisos. Mas passar é preciso... passar por isso, passar por aquilo, passar por aqui. E não há mais que esperar o tempo voltar. Nem tentar acompanhar o tempo que passa...
Então é tempo de parar de tentar entender, de tentar explicar, de parar de tentar fazer o tempo parar de mudar. O vento forte, o frio que arrepia a pele - que lembra o que se faz arrepiar. O sol contido, escondido... O céu estrelado, hoje está nublado...
Um casal. Mil afinidades. Milhares de referências. Assim é o Letuce, projeto musical que os namorados Letícia Novaes e Lucas Vasconcellos fundaram em 2008. Letícia é uma show-woman nata. Atriz formada pela CAL, foi uma das primeiras mulheres cariocas a atuar no gênero “stand-up comedy”.
[E Letuce irrompe na arena. Amazona de proporções totêmicas, Letícia Novaes finca as longas pernas no piso, agarra com as duas mãos o microfone/lança, vira o rosto pro partner Lucas Vasconcellos que carrega nos ombros e nas mãos o peso daquela que é para Patti Smith a única arma de revolução, “this is the only weapon we need to revolution! An electric guitar” gritou ela num palco carioca. Letícia estava lá e escutou e disse glória!
Letícia é atriz e rockeira-bluseira-bacante. Lucas é guitarrista e maestro e investigador inquieto. Os dois, carametades, se somam a comparsas de altíssimo nível para um desfile de canções-jóias diversas, de quem saca além da tropicália, transa Dalva de Oliveira e Courtney Love, galopa de cavalinho azul pelo Leblon todo aceso da Marina, e pela Tijuca swingada dos erasmos, jorges e afins: sem pastiche, mas com pistache.
Letuce quer gozar, mas Letuce não quer só prazer, Letuce quer prazer mas quer revolução, e isso não é punk demodê, nem teenager, nem ingENUO- ainda que possa ser tudo isso – é o gesto generoso. O show é mais que um happening, cada glitter nos olhos, cada imagem projetada na banda, cada serpente cintilante de luz enroscada nos pedestais de microfone, cada verso safado em francês, cada verso embriagado de amor, cada nota dissonante do coro dos contentes é parte de um espetáculo maior que e é total, porque “cada parte é um todo”.
No palco, subversivos com elegância, operam aquela mágica que é quase um milagre, e estar presente e participar dela um afago pros bem-aventurados de plantão: faz gozar com outras palavras, principio do deleite inconformista, que adoça a boca e perturba o sossego.
Quando a gente imagina que o cuidado e a minúcia na orquestração desse espetáculo de ruídos, melodia, narrativa, luzes e marcações cênicas é definitivo, vem a surpresa: no show seguinte eles entregam à platéia o barato de organizar o varieté: a platéia adora e entra no jogo de cara, gritando os número das canções a serem ordenadas ali. O casal, do palco, generoso, convoca o público a criar junto, Letícia fala “é quase um talk show”, acham careta público passivo, solicitam engajamento, como que lembrando que o espetáculo está vivo, e que ninguém sai de bode da farra sofisticada, orgânica, diversa e transadíssima do Letuce. (Hai) Kai o pano. Letuce saúda o povo e pede passagem! Abre alas e fecha aspas.]
A primeira ouvida, o que me chamou a atenção para "Saga" foi o tom meio tango da música, a primeira "prestada de atenção" foi a letra da música e em seguida me apaixonei pelo intérprete ao ver o primeiro vídeo. Filipe Catto é um artista completo, diferente de tudo o que vemos hoje em dia. Trava uma batalha com o microfone, emociona, os acordes parecem querer rasgar o coração antes de sair pela garganta afora.
Uma preciosidade da MPB atual. E agora com exposição nacional: sua música faz parte da trilha sonora da novela mais bem elaborada dos últimos tempos. Cordel Encantado, que se livra dos clichês sobre nordestinos, mostra o amor doce e ingênuo do sertanejo, uma qualidade técnica impecável, gravada no estilo de cinema e com uma trilha sonora impecável com nomes como Gilberto Gil e Roberta Sá, Zé Ramalho (na gravação original de Chão de Giz), Luiz Gonzaga, Nação Zumbi (do tempo de Science), Otto entre outras. E Filipe aparece em meio a esse monte de feras como mais uma delas.
Quem ouve não imagina que o EP não é um CD comercial. Agora é curtir o som e a perfomance de Filipe, já que para sentir toda emoção da música é preciso ver a interpretação. Pare uns minutos e delicie-se:
[A música de Filipe Catto é um estado de choque sublime. Você ouve e inevitavelmente é tragado por seu enredo, seu ritmo e sua emoção.
Interprete e compositor, o paulistano gaucho Catto começou sua carreira ainda muito novo cantando em pequenos eventos com o seu pai. Sempre incentivado pela família, seu dom musical teve inspiração de sobra para criar-se e se moldar-se livremente num corpo musical, único e autêntico. Mais um disco para você, como eu, entrar de vez na música do nosso tempo, sem a menor vergonha.]
[Filipe Catto tem apenas 23 anos, mas sua relação com a música vem desde criança – afinal, seus pais são músicos. No entanto, começou a expor seu trabalho próprio em 2005, em um projeto literário-musical de Porto Alegre chamado Sarau Elétrico. A primeira música que gravou para distribuir para amigos e conhecidos – no estúdio que ficava em sua casa, presente do pai – foi “Glory Box” do Portishead, e assim deu início à sua carreira, no boca a boca da web.
Seu primeiro EP, “Saga” – que tem a qualidade de um CD comercial, mas com menos músicas –, tem uma mistura de sonoridades latinas, como samba e tango. Sua música é lírica, dramática e passional, e suas apresentações ao vivo beiram o teatral. “Busquei transformar lamentos melancólicos em dramas. A melancolia é cinza e opaca, enquanto o drama é quente e vibrante”, disse em entrevista ao "Jornal do Brasil".
A comparação de sua voz com a de Ney Matogrosso é óbvia e inevitável, porém verdadeira, com sua afinação e agudos limpos. E é dele a composição de todas as sete letras do disco, com exceção de “Ascendente em Câncer”, feita através de um texto de Fernando Calegari.
Se não fosse pela personalidade forte e as apresentações tão enfáticas, sua música poderia facilmente cair no brega, mas não é o que acontece. Suas letras são de extrema paixão, daquelas de vida ou morte, ame-o ou deixe-o. Como na letra da música “Saga”: “Se eu soubesse que o amor é coisa aguda, que tão brutal percorre início, meio e fim; destrincha a alma, corta fundo na espinha, inebria a garganta, fere a quem quiser ferir”.]
Baixei hoje a trilha sonora da novela Cordel Encantado, e fiquei surpreendida com a força de uma letra, a princípio pensei se tratar de uma mulher cantando, mas depois prestando atenção ao nome do interprete, descobri Filipe Catto. É um Ney Matogrosso da atualidade! Voz firme, letra forte, tom único.
Andei depressa para não rever meus passos
Por uma noite tão fulgás que eu nem senti
Tão lancinante, que ao olhar pra trás agora
Só me restam devaneios do que um dia eu vivi
Se eu soubesse que o amor é coisa aguda
Que tão brutal percorre início, meio e fim
Destrincha a alma, corta fundo na espinha
Inebria a garganta, fere a quem quiser ferir
Enquanto andava, maldizendo a poesia
Eu contei a história minha pr´uma noite que rompeu
Virou do avesso, e ao chegar a luz do dia
Tropecei em mais um verso sobre o que o tempo esqueceu
E nessa Saga venho com pedras e brasa
Venho com força, mas sem nunca me esquecer
Que era fácil se perder por entre sonhos
E deixar o coração sangrando até enlouquecer
E era de gozo, uma mentira, uma bobagem
Senti meu peito, atingido, se inflamar
E fui gostando do sabor daquela coisa
Viciando em cada verso que o amor veio trovar
Mas, de repente, uma farpa meio intrusa
Veio cegar minha emoção de suspirar
Se eu soubesse que o amor é coisa assim
Não pegava, não bebia, não deixava embebedar
E agora andando, encharcado de estrelas
Eu cantei a noite inteira pro meu peito sossegar
Me fiz tão forte quanto o escuro do infinito
E tão frágil quanto o brilho da manhã que eu vi chegar
E nessa Saga venho com pedras e brasa
Venho sorrindo, mas sem nunca me esquecer
Que era fácil se perder por entre sonhos
E deixar o coração sangrando até enlouquecer
A música de Tulipa Ruiz me foi apresentada pela Naiara do blog: De dentro pra flora
Uma amiga dela lá de Belo Horizonte, mostrou pra ela que mostrou pra mim. A primeira música que ouvi de Tulipa foi: "Só sei dançar com você", que automaticamente se tornou uma de minhas favoritas, mas no seu CD de estreia é impossível gostar só de uma música, na verdade é impossível não gostar de todas.
E a Tulipa esteve em João Pessoa na última sexta 1º de julho, no Teatro de Arena do Espaço Cultural. E o que me deixou contente foi saber que o pessoal de Jampa, não só conhece a Tulipa, como sabe de cor todas as músicas dela. E tinha uma galera!
Tulipa tem uma energia incrível, você se sente parte do show, e algumas pessoas literalmente foram.
Foto de @rafaellpassoss
Performática, quebrou o microfone várias vezes, com uma presença de palco inigualável, nos fazia sentir cada pedacinho das músicas, mesmo a de Caetano que eu não conhecia.
O agudo de estourar os tímpanos, de arrepiar... Uma graça de pessoa fazendo brincadeiras com a Banda, jogou o famoso "Brocal dourado" nos sortudos que estavam lá na frente e ainda tirou onda com o nome do hotel que estava hospedada: "Verde Green".
Forças maiores me impediram de conseguir uma foto ou gravação decente com a minha câmera de celular. Então as fotos que eu consegui dela aqui são de @rafaellpassoss
Foto de @rafaellpassoss
Ele estava sentado mais ou menos onde eu estava - pela posição que as fotos foram tiradas - mas certamente tinha uma câmera infinitas vezes melhor que a minha.
Abertura com a música que é título do disco: Efêmera