Tempo

sábado, 9 de julho de 2011

E o tempo vai se arrastando em horas de procuras e desencontros enquanto o tempo é perdido e gasto sem razão. Tempo que poderia ser meu, poderia ser de quem quisesse, mas é jogado fora. Tempo que não passa ou que acelera, que eu não sei nem que hora, mas não agora.


Imaginando ser confortavelmente, deixamos o dia passar e as sombras chegarem. O céu se pintaria de cores se não fosse inverno e o sol não estivesse preguiçoso de lutar. Em breve mudará a estação e as trevas vão novamente se esconder do sol, mas por enquanto chove.

Ainda lembro dos momentos antes de o sol sair, na hora mais escura da noite. Lembro dos primeiros raios formando desenhos estranhos nas nuvens. O canto dos pássaros e a promessa de que o dia não vai ser mais um arrastar dos ponteiros do relógio.


O clima muda e o tempo passa, sem razão alguma eu poderia tentar parar o tempo que não é meu. Tentar congelar momentos, olhares e sorrisos. Mas passar é preciso... passar por isso, passar por aquilo, passar por aqui. E não há mais que esperar o tempo voltar. Nem tentar acompanhar o tempo que passa...


Então é tempo de parar de tentar entender, de tentar explicar, de parar de tentar fazer o tempo parar de mudar. O vento forte, o frio que arrepia a pele - que lembra o que se faz arrepiar. O sol contido, escondido... O céu estrelado, hoje está nublado...


Deixa só o tempo passar....
M.D
João Pessoa, 07.07.11 00h38

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